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segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Alienação parental e suas falhas terríveis!

   


    A lei nº 12.318, de 26 de agosto de 2010, diz que “A alienação parental acontece quando o pai ou a mãe de uma criança faz com que esta repudie, rejeite ou sinta ódio do outro cônjuge. Neste caso, um dos pais é responsável em “treinar” a criança a romper os laços afetivos com o outro genitor, desenvolvendo fortes sentimentos de ansiedade e medo em relação ao outro cônjuge”.
 
    Mas como ter a certeza que a alienação é causada pelo outro e não que o próprio pai (ou mãe) é causador da alienação de si para com a criança? Como o menor pode ser protegido? Como a lei vai salvaguardar aquele que detém a guarda do menor quando acusado de alienar? Não entendeu minha preocupação? Ok, vou explicar!

    Na maioria dos rompimentos, o pai (sim, vou usar o pai por ser o mais comum e porque estamos em um blog feminino de apoio a mães solo, não mantendo como exclusivo para eles, pois algumas mães também agem assim) ao afastar-se da mãe, afasta-se também da criança. Após definido valor de pensão, o sujeito acha que esta é a única coisa que ele precisa dar e quando também é definida visita, ele acha que este é o único dia em que precisa ver a criança.
 
    Ou seja, passam 14 dias em que a criança não tem notícias do pai, quando não passa muito mais, todo e qualquer gasto que ultrapasse o valor da pensão estipulada por um sujeito (chamado juiz) que nunca viu essa criança e não sabe de sua real necessidade, e sempre existe, deve ser suprido pela mãe.

    Choros, gripes, ansiedades, acessos de fúria e qualquer transtorno dentro de 14 dias são responsabilidade exclusiva da mãe, ela também fica com a parte de dever de casa e educação, além da responsabilidade perante escola e cursos.

    Essa mãe fica sobrecarregada e reclama, a criança está ali e não é um ser ignorante ao sentimento e vivência de sua mãe, não é um ser alheio a rumores da sociedade, não é um ser indiferente à ausência deste pai. É um ser pensante e de opinião (a partir dos 3 anos).

    É fácil conhecer um homem que se diz paizão, que conta aquelas "lindas" histórias tristes sobre como "ama o filho mais que a si e só não o vê porquê a mamãe não deixa", que tem fotos sorrindo e passeios caros com a criança em algumas as datas comemorativas ou fotos da crianças sorrindo com aquele presentão na mão uma vez por ano.

    Mas e nos outros dias do ano? Já pararam pra pensar que esse paizão é no mínimo incoerente em suas histórias fantásticas? Ou que ele não tem mesmo muitas histórias pra contar, além dos velhos lamentos? Que toda vez que fala sobre o "amado filho(a)" as desculpas de sua ausência giram em torno da "mãe maluca" ?

    Você pode não ter parado pra pensar nisso, o Juiz não vê isso e ao menos que a mãe prove, são só fatos sem validade.Mas a criança vê, ela vive isso e se expressa de forma diferente com o pai, essa criança fica brava, essa criança perdeu sua família e acha que seu pai não se esforça o suficiente para suprir suas necessidades, o que na maioria das vezes é verdade, essa criança sofre.

    Mas o pai, diferente desta criança, não é um ser pensante, pois está magoado e ferido, está frustrado e “tentando reconstruir a vida”, o pai só vê a mãe com amargura e não o ser por trás dela ou que ela também está magoada, cansada e ferida. Logo, o pai quer vingança e faz uso dessa lei para punir a mãe, tomar a criança (prejudicando ainda mais seu emocional) e satisfazer seu próprio EGO, alegando que a “malvada mamãe que está colocando coisas na cabecinha de seu filho, para que ele fique bravo com o papai e tome partido dela”.

    Sim, é desta forma que vejo essa lei. Como uma ameaça constante de covardes para com mulheres fortes que estão lutando com o mundo para dar uma vida digna a seus filhos e educá-los com sabedoria.

    O filho passa a ser criticado porque não ama o paizão, a "mãe maluca" julgada por não o ensinar a amar, porque ser pai de Facebook é muito mais bonito e válido do que realmente estar lá. Ser pai de Facebook é receber apoio e solidariedade, mas ser a mãe de verdade é ser julgada sem provas ou direito a defesa.¹

    Vejo homens que fogem de suas responsabilidades, que somem por meses e quando retornam não tem admiração dos seus filhos e então querem usar a lei para não se responsabilizar por seus erros.

    Todo dia vejo homens que “curtem vida de farra” sem lembrar que são pais, mas querem ouvir “eu te amo” no natal da boca de crianças inocentes que não ouviram “como foi seu dia?” o ano todo. E então, ficam furiosos por não conseguir e usam a lei para impor que a mãe deve, aí então uso a palavra alienar, seus filhos a amarem um parente ausente por seus laços de sangue.

POR FAVOR, DEIXEM AS CRIANÇAS EM PAZ!
FAÇAM LEIS QUE AS BENEFICIEM OU OLHEM CADA CASO DE FORMA ÚNICA.
NÃO ENQUADREM ARTIGOS DA LEGISLAÇÃO A VIVÊNCIAS QUE NÃO CONHECEM!
RESPEITEM OS SENTIMENTOS DAS CRIANÇAS!

    O pior de tudo, é que esses pais ganham o direito de ver “seus filhos”, sim, pior pois eles passam um fim de semana mágico ou dois, criam expectativas e sonhos, fazem promessas que talvez eles mesmo achem que vão cumprir, mas depois somem novamente.

NÃO É A MAMÃE QUE FORMULA INSEGURANÇAS OU MEDO, É SUA AUSÊNCIA QUE FAZ ISSO PAPAI! É SUA INCONSTÂNCIA, SÃO SUAS PROMESSAS NÃO CUMPRIDAS E SEUS APARECIMENTOS REPENTINOS E DESAPARECIMENTOS ESPERADOS.

    Mais 4 meses sem notícias? Um ano? 3 anos? COMO FICA A CABECINHA DESSA CRIANÇA? E quem está sempre lá para juntar os cacos do pequeno coração partido? Sim, a mamãe. A mulher “maluca” que não obriga seu filho a amar alguém que ele não conhece. A “louca” que prefere ficar sem telefone do que atender mais uma ligação em um dia aleatório do ano de um sujeito que vai machucar o seu filho mais uma vez e com apoio total da lei.

Por Bianca Ramos

PS: Se você é um cara (ou tem um cara) que acompanha a criação do seu filho, nem precisa ficar respondendo ou sendo ignorante, pois esse post não é pra você ou sobre você. Esse post é exclusivamente sobre pais ausentes.


¹ Trecho/parágrafo retirado do Texto " Pai de Facebook" _ Autor desconhecido

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