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terça-feira, 3 de março de 2015

Por mim ou por ele? Por nós !


      Muitas pessoas me criticam por não fazer "nada", mas a verdade é que faço o que acho certo e bom pra minha vida e do meu filho. Sim, prefiro passar o dia brincando de boneco do que lavar a louça, ou ver aquele mesmo desenho com ele ao invés de varrer a casa . Preguiça? Não. Simplesmente sei o valor de cada momento, sei que ele vai lembrar de quanto foi amado e como nos divertimos juntos, mas vai esquecer que a casa era uma bagunça. Vai lembrar de nossas risadas e não da pilha de louça na pia, vai saber que tem uma cúmplice, uma amiga e vai agradecer por eu não ter passado pano na casa para passar mais tempo conversando com ele.
    Sei que o tempo está passando, que ele está crescendo e que ficarei pra trás, mas depois que vê-lo se tornar o homem que estou ensinando-o a ser, terei como fazer o que deixei em prol de estar com ele. Quando escuto comentários do tipo "não faz nada porque não quer", "está inventando desculpa pra não trabalhar" , " vai ser feliz, porque quando seu filho crescer nem vai lembrar que você existe ", eu apenas sorrio , pois sei que certamente essa pessoa não entende o que diz. 
   O dia a dia pra mim não é nada parecido com um comercial de margarina. Mas faço o certo pra mim, não me preocupo tanto com a felicidade. Felicidade é super valorizada. É o que penso. Não deixei de trabalhar ou abdiquei da minha vida sentimental para ser feliz com meu filho. Fiz isso porque ele precisava de mim e senti que ele ia melhorar muito. 
    E tem dias que essa minha vida de mãe em casa cuidando do filho me parece uma benção do céu. E agradeço mesmo, de coração, por ter essa oportunidade. Como nos dias em que ele me olha e fala: você é a melhor mãe que Deus fez e ele deu pra mim. Essa "magia" acontece em muitos momentos na nossa relação mãe e filho. Mas é preciso estar presente para acontecer e não abro mão. Nem por isso me sinto em um conto de fadas! Além do cansaço e estresse, tem a saudade imensa do salário. Quem é que gosta de ser dependente? De ir a manicure apenas pra grandes eventos? De não poder ir tomar um cafezinho no shopping ou ter que lidar com exaustão, rotina e sentimentos de desespero e impotência - que é cuidar de filho? E quem nunca surtou ouvindo 500 vezes seguidas a tão esperada palavrinha : Mãe! Mãe! Mãe! 
    Mas eu me agarro em simples momentos, sorrisos , beijos e abraços do meu filho, pois sei o quanto sentirei falta um dia. Por isso, tem horas que é bem melhor parar de mirar na felicidade e mirar no que você precisa resolver naquela hora na sua vida. Caso contrário, a quebra de expectativa pode ser muito grande. Será que toda escolha que fazemos precisa ser mesmo para ser feliz? Principalmente, para ser feliz apenas por alguns momentos ? 
    Segue um texto muito interessante que li em um blog de mães, no qual me inspirei pra este post, (Hugh MacKay, autor de The Good Life) : (o que segue é a tradução do blog "antesqueelescrescam")- “Atualmente estou rejeitando o conceito de felicidade. A ideia de que tudo que nós fazemos é parte de uma busca pela felicidade me parece uma ideia perigosa e tem sido a causa da doença contemporânea da sociedade ocidental – o medo da tristeza. É muito estranho ver pessoas dizendo “escreva três coisas que te fizeram feliz hoje” “levanta a cabeça” e “nascemos com o direito de ser feliz” e por aí vai. Nós estamos como que ensinando nossos filhos que felicidade é uma condição natural. Isso é péssimo. O crescimento é o que nós deveríamos estar buscando e parte disso é a tristeza, a decepção, a frustração, os fracassos; todas essas coisas que nos fazem quem somos. Felicidade e vitória são coisas bacanas que também acontecem com a gente, mas elas não nos ensinam muito. Todo mundo diz que ficamos mais fortes com a dor e na mesma hora que te veem sofrendo, falam, “Vamos lá! Sai dessa! Levanta a cabeça!” Eu gostaria de ter pelo menos um ano em que a palavra “felicidade” fosse trocada por “crescimento”. Pergunte a si mesmo, “Isso está contribuindo para o meu crescimento?” e se você estiver tendo um dia terrível , a resposta é sim.”
Bianca Ramos

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