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| SET/2016 |
Manter o diálogo com a criança é sempre a base para conseguir lidar com essas situações, pois se vocês já tem o costume de conversar sem enrolação, tudo o que lhe disser será menos passível a interrogações ou dúvidas. Obviamente respeitando sua inteligência cronológica e maturidade emocional.
Ou seja, não vale dizer para uma criança de 8/9 anos que as cegonhas trazem os bebês e eles são entregues pelo correio, pois vai fazer com que ele fique frustrado e não mais confie em você para retirar suas dúvidas (com certeza não é o que você quer, né?). E obviamente também não é propício dizer a uma criança de 3/4 anos que o homem ejacula no interior da mulher e seu óvulo é fecundado, pois ela vai começar a querer saber detalhes sobre o que são cada uma das coisas que você disse.
Vale dizer aqui que manter um diálogo aberto com seu filho(a), não é se tornar seu amiguinho e perder a autoridade, menos ainda contar o que lhe foi dito a terceiros, por mais próximos que sejam ou por mais bobeira que você ache que é, não julgue o sentimento ou a importância do assunto e deixe que a própria criança conte se quiser.
O diálogo aberto som um filho(a) se resume em ouvir a criança para entender suas questões e respondê-la melhor possível e também não é uma via de mão dupla muito ampla, pois você não deve chorar suas mágoas no ouvido do pequenino(a). É claro que você pode e deve lhe contar coisas simples do seu cotidiano ou até lhe confiar pequenas coisas importantes ( como a expectativa daquela promoção que pode vir a acontecer), pois assim você demonstra que confia nele e faz com que ele confie em você. Lembrando que a criança tem dificuldades de manter segredos, não diga o que não quer que seja repetido por aí!
Ouvir é fundamental em qualquer relação e com a criança principalmente, mas o ouvir de verdade, com atenção, dando importância, sem julgamentos, com paciência. E o aconselhamento precisa ser com cuidado, amor e tranquilidade, mesmo quando for para repreender, mantenha-se firme e demonstre amor, assim será fortalecido o laço e não feito um nó.
Por Bianca Ramos

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