
Todo ano é a mesma história, uma lista enorme com mil coisas absurdas e mães frenéticas procurando os melhores preços .
E por mais que dê nos jornais que é contra lei pedir coisas da tesouraria ou secretaria , as escolas pedem e as mães compram. Compram porque não querem passar pelo constrangimento de ser cobradas na agenda ou de seu filho ser questionado por alguma autoridade sobre não ter levado o que foi pedido.
Fora isso, elas mesmas são constrangidas na estrega de material, onde alguém verifica e anota tudo que foi levado ou não.
Há ainda materiais que retornam intactos pra casa no fim do ano, comprovando que foram inutilmente pedidos, somente para parecer uma lista mais encrementada ou ludibriar os pais com ilusões de um ensino mais abrangente.
As mães se descabelam e vão de loja em loja pesquisar por dias , anotam tudo e depois informam as outras, debatem sobre os preços e reclamam, reclamam sem fim umas com as outras em uma revolta comovente que não sai da rodinha.
Pois é, raramente têm alguma mãe que leva sua reclamação além dos ouvidos das outras e para os ouvidos de um funcionário da escola, quando isso acontece ela não recebe apoio. Automaticamente as outras mães se fazem de loucas e agem como se, somente aquela, fosse uma reclamona !
Enfim, depois de todo esse furdúncio , as mães resolvem informar as outras os endereços das lojas que compraram ou que tinham o menor preço.
Ah, não pensem que se trata de amizade, pois se fosse amizade elas se uniriam pra comprar tudo em atacado por metade do valor e dividiriam a conta de forma justa . Não, certamente não é amizade, é sobre algum ritual louco onde cada uma quer mostrar que deu seu melhor e só comprou o mais caro porque não percebeu estar sendo lograda, nunca porque queria que seu filho "aparecesse" mais que os outros, nunquinha!
Por Bianca Ramos
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